Ontem foi um dia de relembrar o passado.
Fazia um tempinho que não ia a um show de Metal. Sei lá, a maior parte das bandas que gosto já ví ao menos duas vezes... não foi diferente com o Helloween, que já tinha visto em 1998 e 2001 e Gamma Ray, que já tinha visto em 1999 e 2003.
Mas logo após um joguinho com um frango feio do Rogério Ceni e um gol impedido do Valdívea, não restava muito o que fazer senão sair pra algum lugar. Meu amigo Flavio ia tocar com a banda dele, um Sentenced Cover, num "OZZFEST COVER" (meio bizarro, mas a idéia parecia interessante)... Mas meu amigo Marcelo surgiu com a idéia de irmos ver o Helloween e Gamma Ray.
Lembro quando eu era mais novo. Ir a um show desses era um evento. Comprávamos ingressos com meses de antecedência, aguardávamos ansiosamente a cada dia... Acessar o Whiplash a cada dia procurando por set-lists, tardes ou noites de autógrafos. O som podia estar horrível, oscilando, microfone falhando, e tudo era maravilhoso para nós.
Nunca me imaginei falando... "Ah, não estamos fazendo nada, vamos ver o Helloween". Geralmente aquilo que é feito sem expectativas gera os melhores resultados. Esperava ver só molecada na fila, tipo filas do Playcenter... Mas fui surpreendido com um público de 20 anos pra cima em sua maioria (ao menos no setor que eu peguei, aqueles balcões superiores do Credicard Hall).
Falando em público, achei legal rever algumas lendas do Metal Paulista, como "El Mexicano" e "Rod Hell". Você olhava pro povo, a tradição de roupa preta ainda prevalece... A galera se espremendo na pista pra conseguir chegar uns 20 cm mais próximo ao palco. Enfim, isso é Metal!
Ao término do show do Gamma Ray fui obrigado a comprar um cdzinho. Não foi qualquer cd. Me refiro ao Chameleon do Helloween, considerado por muitos o pior album da banda. Tenho uma ligação muito forte com esse album. Lembro muito da minha primeira viagem a Brasília: tudo que eu tinha pra viagem era um walk-man com duas fitas: Pink Bubbles Go Ape e Chameleon (ambos do Helloween).
Parte de minhas lembranças desse lugar são um pouco traumáticas, mas as visitas me renderam ao menos dois amigos especiais... O Edu Dias (colaborador nulo desse blog) e a Lu "Santa Paciência" (que acabei conhecendo em São Paulo, mas como ela é de lá...) .
Ouvir esse cd é no final das contas uma vitória pessoal. Fora que hoje, como sou menos "metal-radicalóide", consigo apreciar muito mais as faixas desse album, sobretudo as faixas bonus que são espetaculares. Recomendo!
Estou sem paciência pra uma conclusão decente,
Abraços!
